Juan Andrés

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Juan Andrés
Juan Andrés
Juan Andrés. Ilustração em Elogio Histórico del P. Juan Andrés de la Companía de Jesús..., 1818
Nascimento 15 de fevereiro de 1740
Planes
Morte 10 de janeiro de 1817 (76 anos)
Roma
Cidadania Espanha
Ocupação bibliotecário, filósofo, historiador, professor, historiador literário, crítico literário, sacerdote, comparative literature academic
Religião catolicismo

Juan Andrés y Morell (Planes, Alicante, 15 de fevereiro de 1740 — Roma, 10 de janeiro de 1817) foi um sacerdote jesuíta, humanista cristão e crítico literário espanhol do Iluminismo.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Humanista cristão, é o criador da História universal e comparada da Literatura (isto é, das Ciências e Letras, no conceito do século XVIII) devido a sua mais importante e extensa obra, Dell’Origine, progressi e stato attuale d’ogni letteratura (1ª ed. italiana, Parma, 1782-1799) - Origen, progresos y estado actual de toda la literatura (Madrid, 1784-1806, incompleta) só recentemente restaurada pela edição crítica e completa. Figura intelectual extremamente considerada na Europa do seu tempo foi visto, no entanto, em grande parte dos séculos XIX e XX, como um mero e obscuro estudioso. E isto por várias razões diferentes, tanto circunstanciais e fortuitas como interessadas.

Andrés, formado na antiga Universidade de Gandia, professor de Retórica, e obrigado a se exilar ainda jovem na Itália como jesuíta expulso (1766), estabeleceu-se inicialmente em Ferrara, posteriormente acolhido pelo Marquês Bianchi em seu palácio de Mântua, apreciado pela família deste último, até a chegada de Napoleão Bonaparte. Foram mais de vinte anos de estadia feliz e produtiva que lhe permitiram desenvolver a maior parte de sua obra.

Também é autor, entre outros muitos títulos, de Cartas familiares (Viaje de Italia) (Madrid e Valência, 1786-1800), a obra em língua espanhola mais importante do seu gênero e uma das principais da Europa, que consiste principalmente de um itinerário científico literário particularmente bibliográfico. O pensamento de Andrés, baseado no período final do Iluminismo neoclássico, por sua vez corresponde a uma forte tradição hispano-italiana não só identificável com a de seus grandes companheiros jesuítas vítimas da expulsão, eminentemente Lorenzo Hervás construtor da linguística comparada, e o grande teórico da música Antonio Eximeno, mas amplia a linha representada por Luzán-Muratori e avançadamente acolhe o grande pioneiro e genial Giambattista Vico.

Andrés, com a visão quase perdida no final de seus dias, passou seu último período de atividade profissional comandando a Biblioteca Real de Nápoles, até finalmente se retirar para Roma sob o amparo de sua congregação religiosa, aonde veio a falecer em 12 de janeiro de 1817.

Obras[editar | editar código-fonte]

Andrés é o autor de muitos diversos tratados sobre música, ciência, a arte de ensinar os surdos e os mudos, e outros. Mas sua principal obra, o trabalho de vinte anos, intitula-se Dell' origine, progressi, e stato attuale d' ogni Letteratura (7 vols., Parma, 1782-1799). Uma tradução em espanhol por seu irmão Carlos surgiu em Madrid entre 1784 e 1806, e um resumo em francês (1838-1846) foi compilado pelo jesuíta Alexis Nerbonne. O original foi frequentemente reimpresso durante a primeira metade do século XIX.

Referências

Ligações externas[editar | editar código-fonte]